A casa das memórias e porque elas se apagam
A memória é a função cognitiva mais solicitada em nossos atos. Ela constitui o passado de cada um, permitindo constituirmos um estoque de conhecimentos. Ela participa também de outras atividades cognitivas como a leitura, o raciocínio, o cálculo mental e em todas as imagens mentais que criamos. Já parou pra pensar que você pode aprender a arquivar mais memórias e evitar os esquecimentos importantes do dia a dia? A Escola PraticaMente tem um programa de variados exercícios que desenvolvem essa habilidade. A memória pode ser definida como a capacidade do cérebro de reter informações e recuperá-las voluntariamente quando necessário. Em outras palavras, a memória é o que torna possível lembrar fatos, ideias, sentimentos, relações entre conceitos e qualquer outro tipo de estímulo que tenha acontecido no passado. Embora o hipocampo seja a parte principal do cérebro relacionada à memória, não podemos localizar memórias em uma parte específica do cérebro, pois várias áreas são usadas na formação dessas memórias. Essa habilidade é uma das funções mais comumente afetadas pelo envelhecimento. Felizmente, a memória pode ser treinada com estimulação cognitiva e diferentes tipos de jogos cerebrais. O programa de treinamento cerebral 60+ da Escola PraticaMente possibilita ativar e fortalecer a memória e outras habilidades cognitivas importantes. Nossos jogos cerebrais foram projetados para estimular certos padrões de ativação neural. A ativação repetida desses padrões cognitivos pode ajudar a fortalecer as conexões neurais usadas na memória e estabelecer novas sinapses capazes de reorganizar e recuperar funções cognitivas enfraquecidas ou danificadas. A memória é uma função cognitiva extremamente complexa. Não só usa muitas partes diferentes do cérebro, mas também desempenha um papel na maioria das situações diárias. É por isso que existem diferentes teorias e divisões sobre essa habilidade cognitiva. Mas falarei sobre os tipos de memórias em outro post, certo? Você gostaria de melhorar sua memória? Vamos entender um pouco melhor como isso acontece na prática. A aprendizagem e a memória são duas das capacidades mais mágicas da nossa mente. A aprendizagem é o processo biológico de adquirir novos conhecimentos sobre o mundo, e a memória é o processo de reter e reconstruir esse conhecimento ao longo do tempo. A maior parte do nosso conhecimento do mundo e a maioria de nossas habilidades não são inatas, mas aprendidas. Assim, somos quem somos em grande parte por causa do que aprendemos e do que lembramos e esquecemos. Aprendemos e lembramos informações modificando conexões sinápticas nas redes neuronais do nosso cérebro. Dependendo do tipo de informação armazenada, essas mudanças ocorrem em diferentes regiões e circuitos do cérebro. Os mecanismos do circuito subjacente estão começando a ser compreendidos. Esses mecanismos são capazes de armazenar ou reconstruir memórias por toda a vida, mas também são propensos a erros, já que as memórias podem ser distorcidas ou perdidas. Você já aprendeu o que significa neuroplasticidade, não é? Caso não saiba, dê uma olhada neste texto aqui (https://bit.ly/2H9rXDi). Então, vamos pensar: toda essa neuroplasticidade ocorre no cérebro saudável, então por que o cérebro não pode se reparar após o ataque de doenças cerebrais devastadoras como Alzheimer, Huntington, Parkinson e outras demências? A implicação é que a toxicidade desses processos de doença, devido a fatores genéticos e ambientais, pode superar a capacidade do cérebro de autorreparo e a compensação funcional. Todavia, outras desordens cerebrais, como o acidente vascular cerebral e o traumatismo cranioencefálico, revelaram que a neuroplasticidade pode ocorrer em resposta a tais lesões cerebrais. Pesquisadores mostraram que a remodelação substancial ocorre para permitir alguma recuperação de determinada função após um acidente vascular cerebral, e pode acontecer dentro de horas depois do evento, se o paciente for encorajado a iniciar a reabilitação o mais rapidamente possível. Não obstante, pesquisas mundiais mostraram que o enriquecimento cerebral, com aumento dos níveis de estimulação cognitiva, atividade física e uma boa alimentação, pode retardar o início ou a progressão de alguns males do cérebro. Entretanto, muitas descobertas e resultados das pesquisas neurocientíficas sugerem que não existe um distúrbio cerebral puramente genético, confirmando que “exercitar o cérebro” pode efetivamente influenciar ou mesmo retardar o progresso de uma doença que acomete o órgão. Essas novas descobertas no campo da neuroplasticidade têm implicações sobre como cada um de nós pode proteger nosso cérebro do intemperismo do envelhecimento e da doença. A dura realidade da vida é que cada um de nós tem um baralho genético na concepção, sobre o qual não podemos fazer nada. No entanto, nosso crescente conhecimento da neuroplasticidade demonstra que todos podemos nos engajar em estilos de vida saudáveis para ajudar a proteger nossos cérebros. Os neurocientistas estão agora tentando desenvolver novas terapias para melhorar a eficácia natural da neuroplasticidade, a fim de combater a enorme e crescente carga de distúrbios cerebrais e mentais que acometem a humanidade, que tem uma expectativa de vida cada vez maior. Em virtude disso, quanto mais cedo você começar a treinar o seu cérebro, melhor será o seu desempenho cerebral e a sua resposta ao declínio cognitivo. Agora é a hora, não perca tempo: treine a sua mente na Escola PraticaMente!
Flávia Valadares – Neurocientista e Psicopedagoga da Escola PraticaMente