Você cobra demais notas altas do seu filho? Cuidado!
A CONFIANÇA é um dos maiores presentes que um pai pode dar ao filho. Seu filho estudou, fez resumos, fez todas as revisões para a prova e chega em casa com uma nota baixa. O que você faz? Conta pra mim nos comentários! Muitas vezes, na hora da prova, o nervosismo tira a CONCENTRAÇÃO.
Conversar, com calma, com o seu filho é o primeiro passo. É fundamental que a criança possa contar com o apoio dos pais. Punição não é o caminho. Em vez de cortar tudo que a criança gosta como forma de castigo, faça acordos e novas regras da rotina diária. Mas atenção: observe com muito cuidado qual é a principal queixa da criança:
- Descompromissado com os estudos;
- Pouco tempo reservado aos estudos;
- Falta motivação;
- Timidez na hora de tirar as dúvidas.
Podem ser várias as razões para um desempenho ruim na escola. Como pais, o trabalho de vocês é apoiar seu filho. Uma criança que não tem confiança será relutante em tentar coisas novas ou desafiadoras porque tem medo de fracassar ou desapontar os outros. Isso pode acabar impedindo-os mais tarde, na vida, de ter uma carreira de sucesso.
Os inimigos da confiança são o desânimo e o medo. Assim, devem sempre encorajar e apoiar seu filho enquanto tentam lidar com tarefas difíceis. Aqui estão mais 17 dicas para criar uma criança confiante:
- Aprecie o esforço, não importa se eles ganham ou perdem
Quando você está crescendo, a jornada é mais importante do que o destino. Então, se o seu filho faz o gol da vitória para o seu time ou acidentalmente é expulso, aplauda o esforço deles. Eles nunca devem se sentir envergonhados por tentar.
- Incentivar a prática para construir competência
Incentive seu filho a praticar o que quer que seja do seu interesse – mas faça isso sem colocar muita pressão sobre ele. A prática implica em esforço na esperança de que a melhoria virá.
- Deixe-os descobrir os problemas sozinhos
Quando os pais fazem o trabalho duro para o seu filho, eles nunca desenvolverão as habilidades ou a confiança para descobrir os problemas por conta própria. Em outras palavras, é melhor que seu filho receba alguns B’s e Cs em vez de A’s diretos, desde que estejam realmente aprendendo como resolver os problemas e fazer o trabalho.
- Deixe-os agir de acordo com sua idade
Não espere que seu filho aja como um adulto. Quando uma criança sente que o desempenho não é tão bom quanto os pais gostariam, esse padrão irreal pode desencorajar o esforço.
- Incentivar a curiosidade
Às vezes, o interminável fluxo de perguntas de uma criança pode ser cansativo, mas deve ser incentivado. Fazer perguntas é um exercício útil para o desenvolvimento de uma criança porque significa que eles percebem que “há coisas que elas não sabem… que existem mundos invisíveis de conhecimento que eles nunca visitaram”.
- Dê-lhes novos desafios
Mostre ao seu filho que ele pode fazer e realizar pequenas metas para alcançar um grande feito – como andar de bicicleta sem rodinhas. Os pais podem nutrir confiança aumentando as responsabilidades que devem ser atendidas.
- Evite criar atalhos ou fazer exceções para o seu filho
Um tratamento especial pode comunicar uma falta de confiança. O direito não substitui a confiança.
- Nunca critique seu desempenho
Nada desencorajará seu filho mais do que criticar seus esforços. Dar feedback útil e fazer sugestões é bom – mas nunca diga a eles que estão fazendo um trabalho ruim.
Se seu filho está com medo de fracassar porque teme que você fique zangado ou desapontado, ele nunca tentará coisas novas. Mais frequentemente do que não, a crítica dos pais reduz a autovalorização e motivação da criança.
- Trate os erros como pontes de construção para aprender
Aprender com os erros gera confiança. Mas isso só acontece quando você, pai ou mãe, trata os erros como uma oportunidade de aprender e crescer. Não seja super protetor do seu filho. Permita que eles errem de vez em quando e ajude-os a entender como eles podem abordar melhor a tarefa da próxima vez.
- Abra a porta para novas experiências
Os pais têm a responsabilidade de aumentar as exposições e experiências da vida para que a criança possa desenvolver confiança em lidar com um mundo maior. Expor crianças a coisas novas ensina-lhes que não importa quão assustador e diferente algo pareça, elas podem conquistá-las!
- Ensine-lhes o que você sabe fazer
Você é o herói de seu filho – pelo menos até que seja um adolescente. Use esse poder para ensinar-lhes o que você sabe sobre como pensar, agir e falar. Dê um bom exemplo e seja um modelo. Vê-lo bem sucedido ajudará seu filho a ter mais confiança de que ele pode fazer o mesmo.
- Não diga a eles quando você está preocupado.
A preocupação dos pais muitas vezes pode ser interpretada pela criança como um voto de desconfiança. A expressão da confiança dos pais gera naturalmente a confiança da criança.
- Elogie quando lidarem com a adversidade
A vida não é justa. É difícil, e toda criança terá que aprender isso em algum momento. Quando encontram dificuldades, os pais devem mostrar como esses desafios aumentarão sua resiliência. É importante lembrar ao seu filho que todo caminho para o sucesso está cheio de contratempos.
- Aplauda a sua coragem para tentar algo novo
Caso o seu filho faça um passeio fora da escola, onde vai passar um fim de semana fazendo um estudo de campo, ou indo no primeiro passeio de montanha russa, os pais devem elogiar seus filhos por tentar coisas novas. Diga: “Você é corajoso para tentar isso!”.
- Celebre a emoção de aprender
A cada conquista, surpreenda com um elogio ou reforço positivo, mas cuidado com as recompensas em forma de brinquedo ou comida.
- Não permita que eles escapem da realidade gastando todo o seu tempo na internet
Não permita que seu filho se esconda atrás de uma tela de computador. Em vez disso, incentive-os a se envolverem com pessoas reais no mundo real. A confiança no mundo virtual (embora importante) não é a mesma confiança do mundo real.
- Seja exigente, mas não engessado
Quando os pais são muito rígidos ou exigentes, a autoconfiança da criança pode ser reduzida. Dependência pode impedir a criança de agir de forma ousada. Dê algum grau de autonomia a medida que a criança se desenvolve.
Flávia Valadares – Neurocientista e Psicopedagoga da Escola PraticaMente