Entenda o que acontece no cérebro de uma pessoa com Alzheimer

Hoje vamos falar sobre uma enfermidade que aflige 1 em cada 9 adultos com mais de 65 anos: o Alzheimer. Uma doença degenerativa que tem como causa um acúmulo de proteínas que leva a uma progressiva atrofia cerebral.

Pesquisas e evidências científicas apontam 1 novo caso a cada 7 segundos. Como ainda não existe um remédio capaz de impedir o avanço da doença – os medicamentos apenas controlam  os sintomas – apostar em escolhas saudáveis no dia a dia é o melhor caminho!

Dieta equilibrada, prática de exercícios físicos e o aprimoramento cognitivo: juntos, esses 3 fatores podem reduzir em até 30% o risco para doenças degenerativas.

A melhor notícia: esse plano preventivo pode e deve começar em qualquer idade! Já sabemos que aprender coisas novas estimula novas sinapses no cérebro, o que pode ser útil para quem está perdendo neurônios para as neurodegenerações.

Venha fazer aeróbica cerebral para ficar com cérebro sarado!

A IMPORTÂNCIA DO ESCLARECIMENTO

Muitas mudanças moleculares e celulares ocorrem no cérebro de uma pessoa com doença de Alzheimer. Essas alterações podem ser observadas no tecido cerebral sob o microscópio, após a morte. Investigações estão em andamento para determinar quais mudanças podem causar a doença de Alzheimer .

Na doença de Alzheimer, à medida que os neurônios são feridos e morrem em todo o cérebro, as conexões entre as redes de neurônios podem se romper e muitas regiões do cérebro começam a encolher. Nos estágios finais da doença de Alzheimer, esse processo – chamado de atrofia cerebral – é disseminado, causando perda significativa do volume cerebral.

Como eu disse anteriormente, à medida que a doença de Alzheimer progride, o tecido cerebral encolhe. Nos estágios iniciais da doença de Alzheimer, a memória de curto prazo começa a diminuir quando as células do hipocampo se degeneram. As pessoas perdem a capacidade de realizar tarefas de rotina. Como a doença de Alzheimer se espalha através do córtex cerebral (a camada externa do cérebro), a capacidade de julgamento piora, acontecem explosões emocionais e a comunicação é prejudicada.

O avanço da doença leva à morte de mais células nervosas e mudanças subsequentes no comportamento, como agitação, dificuldade de coordenar movimentos, insônia e até uma deficiência motora progressiva. Nos estágios finais, as pessoas podem perder a capacidade de se alimentar, falar, reconhecer pessoas e controlar funções corporais. A memória piora e pode tornar-se quase inexistente. O cuidado constante é normalmente necessário. Em média, pessoas diagnosticadas com Alzheimer vivem por 8 a 10 anos após o diagnóstico, mas a sobrevida pode chegar até 20 anos após a identificação do quadro.

Flávia Valadares – Neurocientista e Psicopedagoga da Escola PraticaMente

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